Bursite trocantérica: como o praticante de corrida de rua pode tratar?

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Mulher corredno pelas ruas
corrida de rua

O organismo tem um mecanismo que protege as articulações de maneira geral, de nome bursas; uma bolsa com líquido. Bursite é a inflamação causada nelas. Ocorre quando são feitos movimentos repetitivos freqüentes, levando a inchaços, dores locais, e as áreas mais afetadas são joelhos, ombros e quadris.

Uma das causas das bursites em praticantes de corrida de rua são: uso de tênis incorretos, falta de alongamentos, mudança de treinamento para um mais elevado sendo que a pessoa ainda não suporta, desalinhamento corporal relacionado a descompensação muscular, altura de uma perna em relação a outra, obesidade ou lesões na região do quadril, caso este sendo chamado de “bursite trocantérica”.

Neste caso os incômodos são específicos. Problemas ao subir escadas, deitar de lado, desconforto e “pinçadas” no glúteo, dentre outros.

O “fisiatra”, profissional da “medicina física” é o recomendado para consulta no tratamento desta e de outras possíveis bursites. Traumas biomecânicos requerem mais cuidados que o imaginado.

Para aliviar a dor, o praticante de corrida de rua pode: aplicar gelo no local da dor (crioterapia), parar por um tempo a atividade física que causou o problema, usar tênis adequado para sua corrida conforme o terreno, evitar temporariamente desníveis de terrenos de corrida porque um dos membros já está encurtado demais para aguentar uma sobrecarga, fortalecimento e alongamento da musculatura do quadril e também esportes paralelos como ciclismo, pilates e natação. Tudo isso para não agravar os problemas da bursite trocantérica. Vale ressaltar que grande parte das mulheres podem ter este problema pela biomecânica e postura do seu quadril.

Recomendo também que algumas ideias serem postas a prova: se o jeito de correr foi alterado, na questão rapidez e isso trouxe o problema, para quê correr mais rápido? Qual o desejo final disso? Não era mais fácil aproveitar o momento da corrida assim como as descargas de endorfina durante o percurso? Fora outros casos como melhor respiração sem chances de tontura; melhor postura a evitar tropeços e até melhores fotos sem estar tão desgastado desnecessariamente. É preciso repensar a maneira de correr.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia recomenda a reabilitação física com o objetivo de eliminar a dor, desde que seja feita com profissionais capacitados e com exercícios específicos que só eles podem orientar. Depois disso a correção e prevenção deve ser esclarecida de fato, a não mais acontecer.

A encerrar, entendo o alongamento muscular, mobilização articular passiva, crioterapia e eletroestimulação transcutânea (CELIK, 2010; FERREIRA-FILHO, 2005; HANCHARD et al., 2011; MA et al., 2013; VALENZUELA, 1993) serem recomendados como tratamento e prevenção da bursite de ombro por exemplo. Yang et al. (2012) também referenciam a mobilização articular para a mesma articulação, melhorando a cintura escapular e, dependendo do grau, o pilates ajudará.

Veja na foto abaixo onde o bursite é mais frequente:

Vale destacar que quem faz crossfit, ciclismo até natação podem sofrer do mesmo problema. As recomendações são as mesmas.

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