Cuidados com a propagação do Covid-19 ao praticar atividades físicas

0
Foto Jorge Araujo/Fotos Publicas

Estudos realizados por duas universidades da Europa revelam que para pessoas que praticam atividades físicas, por exemplo, caminhada, corrida e ciclismo, os cuidados para evitar a propagação do Covid-19 precisam ser ainda maiores que os recomendados.

A recomendação dada pelas autoridades sanitárias tem sido para que a população evite sair de casa, mas se for preciso sair, que mantenha uma distância de 1,5m a 2m ao ter contato com outras pessoas. Porém, os estudos publicados revelam que essa distância é indicada para quem está parado. Já caminhando, ou correndo, existe a possibilidade de exalar ou inalar microgotículas contendo o vírus num raio de até 10 metros.

Anteriormente, cientistas da Universidade da Califórnia e do NIAID (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA) realizaram testes em laboratório constatando que o coronavírus pode ficar até 3h em suspensão no ar.

Ao correr ou andar de bicicleta, a pessoa se desloca muito rápido, dessa forma, se ela for portadora do coronavírus, pode espalhá-lo por uma área maior. E quem não está contaminado, ao praticar atividade física também tem mais chance de se contaminar, justamente por se locomoverem mais depressa, podendo acabar entrando em “nuvens” que contenham o vírus suspenso.

O estudo realizado pela Universidade Católica de Leuven, da Bélgica, e pela Universidade de Tecnologia de Eindhoven, da Holanda, mostra que de acordo com simulações, duas pessoas caminhando a 4 km/h, a distância precisa ser de 5m entre elas. Na corrida, quanto maior a velocidade, maior a distância necessária. A 14 km/h por exemplo, considerando dois indivíduos, um correndo a frente do outro, o raio de contágio pode ser de até 10 metros. Já em posição diagonal, sem considerar possíveis rajadas de vento, uma distância de 3m seria suficiente. 

É importante lembrar que esses estudos são de aerodinâmica, foram avaliados apenas os padrões de emissão e suspensão das partículas. Dessa forma, não foi calculado se essas partículas de fato contém vírus suficiente para contaminação. Infectologistas consideram possível o contágio pelo Covid-19 suspenso no ar, porém, a concentração viral que seria necessária pra isso ainda não foi definida.

Informações: Super Interessante

LEIA MAIS:

Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro de 2020, sofre mudanças

Nutricionista dá dicas de como manter o Shape na quarentena

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui