Hoje vamos falar sobre um dos temas mais polêmicos da musculação, a dor muscular tardia (DMT), aquela famosa que acontece no pós-treino, que deixa muitas pessoas intrigadas e com dúvidas a respeito.
Bora lá! Vamos começar falando o que é uma dor muscular tardia (DMT). Bom, é oriunda da micro lesão tecidual, um processo que ocorre em qualquer prática de atividade física ou exercício que seu corpo não está apto, preparado para tal esforço, de modo que gere micro lesões no tecido muscular, exemplo de causas da DMT: correr, saltar, pedalar e alongar-se. E olha, não podemos esquecer do local onde mais ocorre esse tipo de dor: na musculação.
Entendeu? Não?! Então vou exemplificar um pouco mais, imagine que você nunca praticou musculação, nunca foi de levantar peso. Imaginou? Então, fisiologicamente sua musculatura está adaptada para um cotidiano normal, sem esforços físicos exagerados, então o aluno iniciante na musculação começa sua série, “3×12 rosca direta” essa quantidade de movimentos, juntamente com a carga da barra ou halteres, obrigatoriamente vai exigir uma demanda de esforço do praticante por ser iniciante, através dessa tensão muscular, vai gerar micro lesão na arquitetura da fibra muscular do bíceps (músculo alvo do exemplo), o que vai ocorrer nas próximas 12 horas ou até 24 horas, processo inflamatório local, ou seja nessas próximas horas o tecido muscular vai buscar uma regeneração, recuperação do dano causado pelo exercício e essa dor pode aparecer e permanecer entre 12 até 72 horas, isso tudo depende da intensidade do treinamento
Espero que tenham entendido o conceito da dor muscular tardia, que tem relação com a intensidade do treinamento e atual condição física individual. Por esse motivo temos que tomar alguns cuidados e respeitar o limite do nosso corpo, para que essa dor não ultrapasse por mais de 24/48 horas e não seja tão intensa. Se ultrapassar é sinal que você exagerou e seu corpo não conseguiu recuperar-se de forma adequada, o que vai comprometer suas funções diárias.
Uma dúvida bem comum é dos praticantes diários de academia, que se não sentir dor, o treino não foi bom, o famoso “NO PAIN NO GAIN”, isso é bem comum, mas de fato isso é verdade? Primeiramente, temos que conhecer nosso corpo, temos que estar seguindo uma dieta que está diretamente ligada há recuperação. Por tanto se você está se alimentando de forma adequada, com uma intensidade de acordo, isso significa que seu corpo vai se recuperar de forma adequada, o que é bom para que possa seguir com a rotina de treinamento proposta pelo seu Personal ou professor de sala e não que seu treino não foi bom. É sugerido que ocorra uma progressão gradual de treinamento, para que seu corpo possa acompanhar o treinamento e assim obter bons resultados.
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