Em meio ao caos do coronavírus, Nova York declarou as bicicletarias como estabelecimentos essenciais e Bogotá aumentou suas ciclovias. Essas duas medidas, comuns em várias cidades pelo mundo, são tomadas para diminuir o movimento em trens, mêtros e ônibus, transportes que o risco de proliferação da covid-19 são elevados e manter uma distância necessária.
Por reunir muitas pessoas em um ambiente fechado, o transporte coletivo não é indicado como uma alternativa de mobilidade urbana durante o tempo de quarentena. Nesse aspecto, muitos especialistas orientam para quem puder optar pela bicicleta, use como meio de transporte.
Entretanto, é importante frisar que a orientação dos especialistas da área é que as pessoas saiam de sua residência apenas para as atividades essenciais. E foi pensando nisso, inclusive, que o Itaú e a Tembici, que oferecem bicicletas compartilhadas, criaram a campanha “Não vá de bike“. A ideia é manter bicicletas disponíveis para quem trabalha em atividades essenciais, como profissionais das áreas de saúde e abastecimento.
Para conter o deslocamento desnecessário de ciclistas nas ruas ,Espanha e Itália barraram o uso da “magrela” estabelecendo multas de de até 3 mil euros para quem descumprisse as regras de isolamento.
Esse panorama leva a outro ponto importante: o fato de o ciclista correr menos riscos de contaminação do que quem anda de transporte coletivo não quer dizer que a bicicleta seja totalmente segura.
Como o vírus da doença se prolifera no ar, alguns cientistas se propuseram a pesquisar qual é a distância que os ciclistas devem manter uns dos outros para que corram menos riscos de serem infectados.
O estudo
Um dos estudos de um grupo de pesquisadores europeus, liderado pelo Professor Bert Blocken que leciona no curso de Engenharia Civil na Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda chegou a divulgar alguns dados da sua pesquisa no Twitter.
A análise visava avaliar qual seria a distância segura não apenas para pedalar, mas também para correr e caminhar durante a pandemia de coronavírus. O grupo concluiu que ciclistas e corredores devem se manter a uma distância maior que 2 metros de outras pessoas. Só assim conseguirão evitar a inalação de gotículas ou a queda delas em seus corpos.
Ainda, segundo os estudiosos, quando se anda de bicicleta a 29 km/h, o ideal é manter 20 metros de distância dos demais à sua volta. Se você está correndo, 10 metros de distância é a quantidade indicada. Caso esteja caminhando, 5 metros são suficientes.
Fonte, Universidade de Tecnologia de Eindhoven, Wired, Mobilize.
Via: Estadão
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