Óxido nítrico: a próxima estrela do crescimento muscular

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Suplementação

Suplementos alimentares que estimulam o óxido nítrico continuam ganhando espaço no mercado de nutrição esportiva. Pesquisas têm sido conduzidas desde 2006, com foco no tratamento de doenças cardiovasculares. Nos últimos dois anos, entretanto, cientistas voltaram sua atenção para o uso desses suplementos na melhoria de condicionamento físico, e a novidade é a descoberta de ativos de plantas que promovem esse estímulo – diferentemente dos suplementos a base de cafeína, já conhecidos.

O óxido nítrico (NO) é uma molécula produzida pelo próprio corpo: “ele é secretado pelas células endoteliais, que revestem as paredes internas dos vasos sanguíneos, se comunicando com as células musculares lisas e promovendo seu relaxamento”, explica o nutricionista e educador físico Marcelo Carvalho. Esta regulação do fluxo sanguíneo desempenha um papel em várias funções do corpo, incluindo o controle da pressão arterial, entre outros fatores.

Os estimulantes de óxido nítrico, por sua vez, ajudam a aumentar seus níveis no organismo, melhorando a vasodilatação e o fluxo sanguíneo. Isso facilita o trânsito de nutrientes e oxigênio para vários tecidos do corpo – os músculos, por exemplo. O resultado é a melhora da saúde geral e do desempenho físico e da resistência, especialmente quando esses suplementos são usados como pré-treino.

Pesquisas de novos ativos

Um dos compostos que mais tem sido usado para o desenvolvimento de suplementos voltados ao estímulo do óxido nítrico foi desenvolvido a partir da junção de três ingredientes naturais:

Extrato de folhas de Moringa Oleifera (conhecida também como acácia-branca), que age reduzindo o dano nos tecidos e prevenindo a fadiga muscular;

Extrato de romã, um potente antioxidante que tem uma redução efetiva na peroxidação lipídica e na prevenção do estresse celular;

Extrato de gengibre preto, que ajuda a aumentar os níveis de óxido nítrico durante o treinamento intenso, além de causar o aumento da energia metabólica e resistência física

A combinação desses três ativos, que podem ser encontrados em farmácias de manipulação, já foi alvo de dois estudos conduzidos por pesquisadores indianos. O primeiro foi uma pesquisa randomizada, duplo-cega, controlada por placebo, com duração de um dia, envolvendo 24 indivíduos. O objetivo foi avaliar a resposta inicial de óxido nítrico no soro e na saliva do sangue, após os indivíduos consumirem o composto. O resultado foi um aumento de 336% em níveis de óxido nítrico uma hora após a ingestão do suplemento – tendo permanecido elevados até dez horas depois.

Já o segundo estudo teve duração de 22 dias. Também envolveu 24 indivíduos, que tomaram 250mg do composto diariamente, e depois realizaram exercícios físicos (corrida em esteira).

Novamente, os pesquisadores observaram um aumento na produção de óxido nítrico, mas, além disso, viram que os marcadores de fadiga muscular – LDH (lactato desidrogenase) e MDA (malondialdeído) – foram significativamente reduzidos após a suplementação de 22 dias com o composto. Os corredores ainda foram capazes de executar o exercício por um maior período de tempo – com o aumento de 18% do tempo até a exaustão.

O segundo estudo também mostrou um aumento significativo dos níveis de dopamina dos participantes – uma diferença de 36%, o que provavelmente permitiu que os usuários tivessem um melhor desempenho durante o exercício.

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