“Projeto Empresto Minhas Pernas” engrandece a Corrida Internacional de São Silvestre

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Corrida de rua
Foto: Divulgação/ Gazeta Press

O mundo esportivo está com os olhos voltados para Tóquio, no Japão, novamente. Desta vez, o motivo é mais uma edição dos Jogos Paralímpicos. Competidores de várias nações, em diversas modalidades, mostram que não há limites para seus sonhos e que nenhuma deficiência física é motivo para deixar de fazer o que gosta. Com essa proposta, a principal Prova de rua da América Latina, a Corrida Internacional de São Silvestre tem a honra de colaborar, desde 1980, com a inclusão das categorias para atletas com deficiência e de celebrar parcerias com projetos que compartilham esse mesmo objetivo.

Um deles é o “Empresto Minhas Pernas”, criado em Santos (SP) e que hoje conta com filiais em diversas cidades do país e do exterior, como na cidade do Porto (Portugal). A estreia na Prova aconteceu em 2017 e dois anos mais tarde também estava com representantes na São Silvestrinha. O time planeja estar mais uma vez nos dois eventos deste ano.

“A São Silvestre e a São Silvestrinha foram minhas inspirações. Levei meu filho na São Silvestrinha em 2010 e fiquei impressionado com a grande presença de jovens. A partir daí, o projeto foi ganhando forma até começar em 2016. Sempre quis correr a São Silvestre, mas minha mulher não deixava por achar muito forte para um amador como eu. Acabei realizando meu sonho de participar da Prova por causa do Empresto Minhas Pernas. Para este ano, estamos estudando a melhor forma de participar dos dois eventos”, destaca Stefan Klaus, idealizador do projeto..

Ele explica que o “Empresto Minhas Pernas” nasceu em sua casa por causa de seu filho que tem uma deficiência causada por citomegalovirose, o mesmo vírus da herpes. “Meu filho estava em um projeto de inclusão no qual os que tinham aptidão para o esporte ficavam bem condicionados. Os que não tinham ficavam meio jogados. Aí a gente começou a fazer atividade com eles. Nesse meio tempo, uma das crianças pediu que a gente fizesse uma corrida com ele na cadeira. Na hora da prova, todo mundo ovacionou. Caiu a ficha que aquilo era um incentivo para a causa”, completa.

Inclusão

A primeira participação de atletas com deficiência em uma categoria oficial na São Silvestre aconteceu em sua 56ª edição, em 1980, antecipando ação das Nações Unidas que no ano seguinte (81) proclamou o Ano Internacional da Pessoas com Deficiência. Aos poucos, a São Silvestre passou ser mais plural e se abriu para diversos públicos, como pessoas portadoras de deficiências (deficientes visuais, amputados de membros inferiores, deficientes andantes de membros inferiores, deficientes intelectuais, deficientes de membros superiores, deficientes auditivos, cadeirantes com guias). Os atletas cadeirantes e portadores de outros tipos de deficiência têm largadas específicas na competição, e só depois é permitida a largada das elites feminina e masculina e do pelotão geral.

A 96 ª Corrida Internacional de São Silvestre acontecerá no dia 31 de dezembro e as inscrições, para a disputa Presencial ou o Treinão Virtual, seguem abertas no site www.saosilvestre.com.br. Ali, também poderão ser encontradas todas as informações como valores, prazos de inscrições, regulamento e a história da Corrida.

O evento oferecerá infraestrutura para o número oficial de inscritos. Não serão disponibilizados recursos extras para atletas que não estejam oficialmente inscritos “pipocas”. A organização monitora a inscrição de atletas na categoria 60+ para evitar fraudes.

A Corrida Internacional de São Silvestre é uma propriedade da Fundação Cásper Líbero, promoção da TV Gazeta e organização técnica da Yescom.

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