Quando você começa a fazer academia já pensa: “vixe, terei que mudar a minha alimentação bruscamente. Cortar refrigerante, frituras, doces e restringir uma série de alimentos para fazer dieta e atingir o meu objetivo”. No entanto, o Instituto Nutrição Comportamental propõe uma abordagem inovadora com objetivo de ampliar a atuação do nutricionista e mudar alguns rumos da atual visão do “saudável e não saudável”, dos alimentos “bons e ruins”.
Isso ocorre por meio da prática clínica e a comunicação do nutricionista – por meio de técnicas, estratégias e modelos validados para mudança de comportamento e comunicação responsável.
“A nutrição comportamental leva em consideração não apenas a comida, mas todo o comportamento relacionado a ela. Tem como objetivo mudar a relação das pessoas em como encaram os alimentos sendo inimigos do processo de emagrecimento, fazendo com que sintam prazer e não culpa em comer. Por não se basear em dietas, a melhor forma de utilizar essa estratégia para ajudar os pacientes é através da orientação nutricional”, disse a nutricionista Luciana Candeia.
Perguntada sobre se a alimentação funciona para quem tem o objetivo de conseguir a hipertrofia muscular ou mesmo o emagrecimento, a doutora afirmou que o importante é entender como se come e não o que se come.
“Isso é o inverso de apenas contar calorias. Onde se come, quando, com quem, qual o sentimento, quais as dificuldades: é esse tipo de autoconhecimento que deve ser estimulado e compreendido. Vamos lidar com a expectativa do paciente quanto à composição corporal e traçar metas e fazê-lo entender a relação dietas versus exercício no emagrecimento e hipertrofia. Faremos a conduta nutricional específica, porém colocando em evidência que a mudança de comportamento e a melhora na relação com a comida, é o que farão a diferença na definição corporal sustentável”, comentou.
A profissional ainda disse que não há restrições na nutrição comportamental, nem mesmo a alimentos como refrigerante, frituras e doces, que são vistos como vilões nas dietas.
“É necessário conhecer o que cada alimento trás para o seu corpo. Assim é adquirido o poder de escolha e com essa liberdade você terá as ferramentas certas para optar pelo alimento que te trará os benefícios para o seu objetivo com equilíbrio e conhecer o próprio corpo e suas necessidades”, afirmou.